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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

-17

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depois de finalmente ter respondido ao teu carta electrónica paradoxal com toda a maturidade que me foi possível juntar na mente confusa, eis que me envias uma resposta que ainda não tive coragem nem paz de espírito para de ler na íntegra... tenho medo. da confusão mental e emocional que esse escrito me pode causar. que me está a causar. do agravamento da desilusão e desespero que isso me pode suscitar.
estou mortinho por te falar deste blog, para te enviar o endereço, para que possas contactar comigo mais globalmente. mas ainda não o fiz porque o esquema forma ainda não está perfeito. e para ti nada menos do que o quase perfeito.


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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

-11.02



26112005 "[...] o medo, o pânico, de onde me vão levar estes pensamentos.o sonho do outro dia em que perdi a minha tia que vivia dentro de um ovo. a indiferença das pessoas, a violência das relações, a luta pela sobrevivência, a ausência de narrativa, condição pós-moderna em que o autor se vê obrigado o instaurar-se como centro para organizar o caos percepcionado pela visão caleidoscópica relativista. sofro de pós-modernismo. é essa a minha infecção. o pós-modernismo infecta aminha fonte de amor. medo de me perder no teu labirinto imaginário. e quanto mais gosto de ti mais me conheço[...]"
10112005 somos um homem e uma mulher que se gostam e desejam com um medo terrível de se aproximar. de se perder um no outro, como em dois labirintos imaginários.
03022006 não sei o que responder à tua última carta electrónica, aquela do "isto tem que parar" e do "E é então que dou com a solução: Encontrarei outro, encontrarei outro, procurarei outro, nem que tenha que encontar outro, vou encontar outro, para que isto pare", e do "E penso nisto, ao mesmo tempo que penso exactamente o contrário; ao mesmo tempo que sei que te pertenço só a ti". Não faço a mais pequena ideia do que responder. puseste-me em estado esquizofrénico com essas mensagens contraditórias, tão intensas e salientes em si-mesmas. fiz este blog por ti, fizeste-me embrenhar mais e mais dentro de mim próprio, à procura da minha saída de mim-mesmo. fizeste-me parar e procurar uma saída, mas já é tarde...São estes os labirintos. foges mais para o centro do teu labirinto e chamas-me de lá. E eu construo mais um labirinto para te receber. será que só nos vamos encontrar desapossadamente na nudez última do sexo?
imagem: david rankine

















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